sábado, 12 de fevereiro de 2011

AS PALAVRAS SÃO OUTRAS

Pintura Romance de velas


ROMANCE

ABSINTO E LICOR
VENDAVAL E BONANZA
RAIOS E BRISAS
TERREMOTOS E GAROAS
ALEGRIA E TORMENTO
16.02.2011
SILÊNCIO E GRITO
PRAZER E TEMOR
RAIVA E DESEJO
BELEZA E SUSTO
ARIDEZ E FECUNDIDADE
22.02.2011

CAMINHE SOBRE A POESIA


flores
talvez
espinhos
talvez
amores
talvez
dores
talvez
cores
talvez
flores
talvez
risos
talvez
choros
talvez

CAMINHE
caminhe sobre a poesia.

16.02.2011
Fênix


Cantarei cantilena triste
canções indigestas
manifestarei o final da festa
o doloroso instante da despedida
uma marcha triste na penumbra

sou observador das massas
e me dói a injustiça!

Não gritarei demais para não ser censurado
porém não ficarei em silêncio
quero ser ouvido.

Há no ar uma mistura de um suave cheiro doce de saudade
com o forte cheiro do sangue derramado nas batalhas

não terei regras nesse poema de espada e fúria
sei da dor e do prazer de viver décadas

e a Fênix renascerá das cinzas...

12.02.2011


Ode à poesia

Poesia
É bicho indomável.
Pega, prende, domina.
liberta, vivifica a palavra
é como o espírito.

Poesia
enlouquece de uma insanidade boa.
Ela nos leva por caminhos estranhos
e às vezes nos perturba
como um gato andando devagar sobre o telhado.

A poesia
mostra amores dolorosos
e ódios deliciosos.

A poesia é forte
como um tranquilizante
ou uma porrada!

Poesia
só não é carcará!
Porque não mata
nem come.

Mata?
Come?

12.02.2011


Um limo
pode arruinar a alma

limo limão azedo

verde liso escorregadio
doente

limo limão azedo

um limo dentro da gente
estraga o dia
a noite
a vida quase inteira

limo limão azedo

12.02.2011

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