quinta-feira, 9 de abril de 2015

Tempo de silêncio

Série "poesias de silêncio" em que palavras gritam e a alma sonha.

O que tenho a dizer calou minha boca.
02.04.2015

Um imenso silêncio grita.
03.04.2015

To nem aí.
To nem aqui.
To nem ali.
To nem.
03.04.2015


E o espelho
Não reflete
Propõe reflexão.
Aflito,
Reflito.
03.04.2015


Um silêncio impregnado nas cortinas, nos quadros, nos livros da estante... Minha alma em silêncio de oração e meu coração solitário está leve.
O4.04.2015 


Falando menos eu disse mais?
E o meu silêncio
Foi mais ouvido que o meu grito?
04.04.2015 


Às vezes ficar escondido, no silêncio, é necessário.
Nem sempre é escolha, mas necessário.
E a caminhada segue. 

05.04.2015

Navegar é superficial.
Quero mergulhar...

07.04.2015

A noite desce misteriosa, silenciosa e atraente como uma mulher
de vestido negro e longo.
As estrelas são lindos brilhantes bordados
E a Lua é um broche prateado lindíssimo.
Os pássaros dormem tranquilos
na escuridão segura das árvores.
As flores escondem suas cores no breu
seus perfumes variados exalam
E inebriam.
Morre o dia.
E num coração solitário
Renasce a poesia.

07.04.2015

No silêncio da sala
as batidas do meu coração
fazem eco.
É coração batendo só.
07.04.2015
 

As palavras e discursos
se calaram.
O coração em silêncio
procurou novas expressões.
Nos labirintos internos,
pensamentos inconclusivos
Entre dicionários mudos e livros fechados
a poesia
tomou seu lugar...

08.04.2015

Foi exatamente no silêncio que tudo ficou claro.
Tudo aquilo que o grito não falou.
08.04.2015

 


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