quarta-feira, 4 de novembro de 2015

MADRUGADA INTENSA - CHUVA DE PALAVRAS



Uau! Como escrevi poemas nessa madrugada.
Uma explosão de sentimentos.
Um erupção vulcânica de gritos escritos.
Edson Araújo Lima
04.11.2015

Transformo meu espanto
Em canto.
Edson Araújo Lima
04.11.2015

Quando me apresentaram às letras, não me alertaram sobre o perigo.
Perdi-me nelas!
Loucamente!
E não há saída.
Edson Araújo Lima
04.11.2015

Profusão Insana.
Com(fusão).
Palavra Sempre.
Di(fusão)
Pensamento Des(organizado)
Orgasmos de Variações.
Explodem.
Eclodem.
Palavra Escrita.
De organogramas criada.
(mal)Criada.
Ponte do Meu Ser.
Misteriosa Mistura.
(IN)conclusiva Convulsão.
Até que.
Marginalizada Palavra.
Código Paralelo.
Anexo Intruso.
Ponto.
Em fim de começo.
Ao meio.
Estratégica Palavra Mágica.
Soltapresanatela.
Eu.
Enfim. Fim.
Edson Araújo Lima
04.11.2015

Aquele que retira a cor da vida
Crave as unhas no peito e retire dele o coração. Arranhe sua alma com suas unhas afiadas.
Perca entre os dedos os seus desejos.
Esmague o crânio das suas vontades. Erga suas mãos para a ignorância.
Parta o lápis. Rasgue o caderno de poemas.
Incendeie a sua caixa de ideias.
Acene para suas virtudes e talentos.
Jogue na lixeira seus sonhos.
É isso que diz Aquele que retira a cor da vida.
Use suas mãos e tape os ouvidos pra ele.
Pegue com suas mãos os lápis de cor e as tintas.
E mãos às obras!
Edson Araújo Lima
04.11.2015
3h03min

Sangue! Sangue! Sangue!
Gritam as ruas.
E os fantasmas das ideias transitam entre mortos-vivos sem ideologia.
Matem! Queimem! Enforquem!
Ordenam senhores e senhoras sentados em brancos sofás de couro.
Prendam! Apredrejem! Aniquilem!
Esbaforidos odiosos acrescentam com suas taças de vinho bordeux e seus sextavados copos de whisky.
Ah! A vida gelada dos senhores.
Arre! A vida idiota desse bando de imbecis.
Edson Araújo Lima
04.11.2015
- O que o senhor quis dizer quando escreveu esse poema?
- Qual?
- Esse que diz: Eles batem os copos no balcão do bar e gritam SANGUE! SANGUE!
- Não me lembro o que eu quis dizer, mas vejo que eu estava muito bravo quando disse.
"relembrando O CARTEIRO E O POETA"
 
Poeminha para Augusto dos Anjos
Espeta-me a incerteza.
Atravessa-me a garganta,
como dolorosa espinha de peixe, a dúvida.
Convida-me insistentemente a derrota.
Dá-me rasteiras a conta bancária e ensurdece-me as notícias dos telejornais vespertinos e noturnos.
Sobe-me à boca a ânsia de vômito da indiferença.
Apunhala-me o desprezo.
Agiganta-se o grito assustado.
Aquieta-se a minha alma.
E num sopro, apago o incêndio da floresta.
Edson Araújo Lima
04.11.2015
2h11

Eudemim
Têm dias que a gente não se sente muito bem.
Algumas pessoas, sem querer, distraidamente e até propositalmente deixam a gente meio triste, meio inseguro.
Eu não tenho a pretensão ou a intenção de parecer saber tudo ou ser o dono da verdade.
Eu apenas sigo o que sinto. Ajo e reajo de acordo com os desafios e trilho o caminho que minha consciência levar de maneira mais leve e amena.
Perco-me tentando me encontrar.
Erro tentando acertar.
Calo-me para não ferir e outras vezes falo sem pensar e causo dor nos outros e em mim mesmo.
Sei um pouco sobre algumas coisas e gosto de compartilhar, mas o que gosto e necessito mesmo é aprender.
Posso ser duro, às vezes, mas não sou inflexível.
Tenho extremo respeito pela terra e pelo pó que me cobrirá um dia, assim como cobrirá a todos. E, mesmo quem não for coberto pelo pó, também nele se transformará. E essa a finalização de toda a arrogância.
Amo a arte que estudo e pratico, mas não me gabo nem digo JAMAIS que sei tudo ou que sou o dono da verdade.
Reconheço minhas imperfeições com tranquilidade e espanto.
Grito se dói.
Choro diante da dor, da tristeza, da alegria e da beleza.
Nem sempre uso da rima.
Aceito minha parte homem e não nego minha porção mulher, pois sou feito dos dois.
Acredito em formas controversas de amor.
Eu faço versos no silêncio como quem grita diante de um grande canion.
E ouço os ecos desses gritos.
Às vezes rio.
Às vezes choro.
Mas sempre sigo.
Sigo sendo.
Eu.
Edson Araújo Lima
04.11.2015
1h50min











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